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quarta-feira, 17 de julho de 2013

METAMORFOSES DA PALAVRA, poema de Eugénio de Andrade

Imagem retirada de http://bibliotecadearoes.blogspot.pt





















A palavra nasceu:
nos lábios cintila.

Carícia ou aroma,
mal pousa nos dedos.

De ramo em ramo voa,
na luz se derrama.

A morte não existe:
tudo é canto ou chama.

In «As palavras interditas / Até amanhã» (poesia), de Eugénio de Andrade (com retrato de Carlos Carneiro), Colecção «Obra de Eugénio de Andrade» (n.º 2), Fundação Eugénio de Andrade (FEA), Porto, Maio de 2002 (13.ª edição).

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