A crise financeira e económica, mais
do que um lugar-comum, tornou-se uma realidade na vida de um número crescente
de pessoas através de fenómenos como a diminuição do poder de compra, o
desemprego e o consequente risco de pobreza com tudo o que lhe está associado.
A resposta à crise tornou-se o tema central de todas as discussões, de leigos a
especialistas, bem como da agenda do espaço europeu. [...] As medidas acordadas
com os partidos do «arco da governação» foram negociadas em plena crise
política, com um governo demissionário e o país em clima de campanha eleitoral.
As referidas medidas caracterizam-se, genericamente, pela imposição de um
calendário muito apertado de reformas que atingem todos os sectores de
actividade e, como tal, também a saúde. [...] Apesar disso, muitas das medidas
acordadas para a saúde foram bem recebidas por vários sectores e entendidas
como úteis e necessárias, tendo inclusivamente sido colocada a questão: Sendo
tão úteis e necessárias, por que razão nunca ninguém as implementou?
(OPSS, 2011)
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