Foto retirada de http://www.oportoencanta.com
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suave
a vela abre
e principia
o dia
ela
que pelo azul
que corta
considera e chama
outras velas irmãs para o claro rio
e enquanto
o cais
é um enorme navio
que se nega
e no entanto cumpre
a mais estranha viagem
ele
que parte
vira
para o que abandona
um olhar de brancura
que é toda a matemática
singela
da manhã que inspira
In «Manual de prestidigitação» (poesia), de Mário Cesariny,
colecção 'Documenta Poetica', Assírio & Alvim, Lisboa, 2005 (2.ª edição,
revista).
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